Provenzano Advogados
  • Início
  • Quem Somos
  • Áreas de Atuação
  • Blog
  • Depoimentos
  • Fale Conosco
por Provenzano Advogados

COE Ambipar: perdeu dinheiro? Saiba como a lei protege seu investimento (XP)

COE Ambipar: perdeu dinheiro? Saiba como a lei protege seu investimento (XP)
por Provenzano Advogados
Compartilhe

Resumo rápido

  • Investidores relataram perdas de até 93% no COE da Ambipar, vendido pela XP.
  • Há indícios de falta de informação clara e inadequação ao perfil (suitability).
  • O CDC ampara o investidor: é possível pleitear devolução de valores e danos morais, conforme o caso.
  • Veja passo a passo, checklist de provas e FAQ no fim do artigo.

O que foi o COE da Ambipar e por que houve perdas

O COE (Certificado de Operações Estruturadas) combina renda fixa e variável. No caso da Ambipar, tratava-se de um COE com capital em risco, lastreado em títulos de dívida (bonds) de uma única empresa.

Com a deterioração da saúde financeira da Ambipar, os títulos perderam valor no mercado. Como o COE estava diretamente atrelado a esses papéis, seu preço derreteu, levando alguns investidores a registrarem perdas próximas ao total aplicado.

Ponto-chave: mais do que a oscilação de mercado, o que se discute é como o produto foi vendido e para quem.


Onde esteve a falha: informação e suitability

1) Dever de informação (transparência)

Quem recomenda um investimento deve explicar, de forma clara e completa, os riscos relevantes: possibilidade de perda total, concentração em um único emissor e a volatilidade associada. Vender o COE como “seguro” ou similar, sem alertas explícitos, pode caracterizar informação enganosa.

2) Suitability (adequação ao perfil de risco)

Corretoras e assessores devem verificar o perfil do investidor (conservador, moderado, arrojado) e recomendar produtos compatíveis. Um COE de capital em risco e com concentração setorial tende a ser inadequado para perfis conservadores ou moderados. Se houve recomendação incompatível, há violação normativa.


Por que o CDC protege o investidor contra a corretora

O Código de Defesa do Consumidor (CDC) aplica-se a instituições financeiras e à atividade de intermediação de investimentos. Na prática:

  • Responsabilidade objetiva (art. 14) — a corretora responde pelos danos causados por falha na prestação do serviço, independentemente de culpa.
  • Publicidade enganosa (art. 37) — qualquer comunicação que induza a erro sobre a natureza e os riscos do produto pode ser ilícita (inclui conversas em apps, e-mails e apresentações).
  • Práticas abusivas (art. 39) — prevalecer-se da vulnerabilidade do consumidor para empurrar produto inadequado ao perfil configura abuso.

Em resumo: a responsabilidade é, em regra, solidária entre corretora e assessor.


Passo a passo para buscar o ressarcimento

Passo 1 — Reúna todas as provas

  • Prints de conversas (WhatsApp, e-mails) com o assessor/corretora;
  • Lâminas e materiais de apresentação do COE;
  • Gravações de áudio/vídeo, se houver;
  • Extratos e documentos que comprovem aplicação e perda;
  • Termo de suitability que mostra seu perfil de risco.

Passo 2 — Consulte um advogado especializado

Profissional com experiência em consumidor bancário e mercado de capitais avaliará as evidências e estruturará a tese com base no CDC e em normas da CVM.

Passo 3 — Ação judicial: o que pedir

  • Nulidade do negócio, por vício de consentimento (erro/dolo);
  • Danos materiais: devolução integral, com correção e juros;
  • Danos morais, quando o abalo ultrapassar mero aborrecimento.

Custas e riscos

Há custas processuais e, em caso de insucesso, possibilidade de honorários sucumbenciais (percentual sobre o valor da causa). Uma análise técnica prévia reduz riscos e aumenta as chances de êxito.


Perguntas frequentes (FAQ)

1) A corretora pode ser responsabilizada pela perda?
Sim. Pelo CDC, a corretora responde por falhas no serviço (informação e adequação) e pelos atos de seus assessores.

2) Disseram que era “quase renda fixa”. Isso é enganoso?
Pode ser. Omissão de capital em risco e concentração em um único emissor pode configurar publicidade enganosa.

3) Meu perfil é conservador. Posso anular a operação?
Se o produto era incompatível com seu perfil e a decisão se baseou em informação incompleta/enganosa, é possível pleitear nulidade.

4) É garantido recuperar 100%?
Não! Num processo judicial, jamais se pode prever o resultado, nem mesmo o tempo de sua duração. Depende sempre das provas e do caso concreto. Em geral, busca-se restituição integral e, quando cabível, danos morais.

5) Quanto tempo leva?
Varia por tribunal e complexidade. O importante é documentar bem e agir com rapidez.


Conclusão

O episódio do COE Ambipar mostra como uma orientação inadequada pode gerar prejuízos relevantes. A boa notícia é que o arcabouço legal brasileiro oferece caminhos efetivos para reparação.

Sofreu perda no COE da Ambipar? Nosso time atua em Direito do Consumidor. Avaliamos seu caso e indicamos a melhor estratégia para reaver valores.

Fale agora no WhatsApp ⟶ (inserir link do botão)


Aviso legal

Conteúdo informativo. Não constitui consultoria jurídica individual. Cada caso exige análise própria por profissional habilitado.

—
Atualizado em 15 de outubro de 2025

Artigo anteriorServidor aposentado por incapacidade permanente: guia dos 7 direitos esquecidos

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Tags

#acaojudicial #advocacia #agronegocio #artigo #danosmorais #direitoagrário #direitodoconsumidor #emprestimo #imovel #judiciario #Justiça #lei #leis #pensaoalimenticia #produtorrural #SeguroRural cartão de crédito contrato covid-19 dano moral danos morais direito direito agrário direito bancário direitodafamilia Direito do Consumidor direito imobiliário direitos divórcio empréstimo consignado família fraude golpe indenização jurídico pandemia pensão problema com seguro seguradora seguro seguro de vida seguro rural seguros servidor público trabalho

Informação de contato

Rua Jurema, 140 – Vila Rica Campo Grande – MS, CEP 79022-190
(67) 3326-2476
leandro@provenzano.adv.brprovenzano.adv.br

Redes Sociais

© 2018 - 2024 Provenzano Advogados. Todos os direitos reservados.